O que é a felicidade?

A felicidade é como um raio de luz eletrizante e esquivo. Filósofos, teólogos, psicólogos e até economistas vêm tentando defini-la há séculos. Desde os anos 90, a psicologia positiva tem se dedicado a compreendê-la, indo além de um simples estado de ânimo positivo. Felicidade é um estado de bem-estar, uma vida plena com significado e contentamento profundo.

Sentir alegria não é apenas benéfico para o espírito; pesquisas indicam que ela também aprimora a saúde física. A positividade e o senso de realização beneficiam o coração, o sistema imunológico, reduzem a inflamação e controlam a pressão arterial, entre outros aspectos. A felicidade até está associada a uma vida mais longa, com maior qualidade e bem-estar.

Buscar a felicidade é uma jornada global. Estudos mostram que pessoas em todos os cantos do mundo consideram a felicidade mais importante do que conquistar riquezas, bens materiais ou mesmo a entrada no paraíso.

A felicidade não surge pulando de alegria em alegria; pesquisas revelam que alcançá-la muitas vezes envolve momentos desconfortáveis. Genética, circunstâncias de vida, realizações, estado civil, relações sociais, até mesmo os vizinhos – tudo influencia quão feliz você é, ou pode ser. Da mesma forma, formas individuais de pensar e expressar sentimentos também desempenham um papel crucial. Grande parte da felicidade está sob controle pessoal.

Entregar-se a pequenos prazeres, mergulhar em desafios, estabelecer e alcançar metas, manter laços sociais sólidos e encontrar um propósito além de si mesmo aumentam a satisfação com a vida. Não é a felicidade em si que promove o bem-estar, mas sim a busca genuína que é essencial.

Pessoas felizes vivem com propósito. Encontram alegria em relacionamentos duradouros, perseguem objetivos com empenho e vivem de acordo com seus valores. Não se deixam levar por bens materiais ou luxos, apreciam os prazeres simples da vida – acariciar um cachorro, sentar-se debaixo de uma árvore, saborear uma xícara de chá. Alguns sinais de que alguém está contente:

  • Aberto a aprender coisas novas
  • Rico em humildade e paciência
  • Sorri e ri facilmente
  • Vai com o fluxo
  • Pratica a compaixão
  • Grato com frequência
  • Exercita o autocuidado
  • Valoriza relacionamentos saudáveis
  • Se alegra com o sucesso alheio
  • Dá e recebe sem reservas
  • Vive com significado e propósito
  • Sem expectativas exageradas
  • Não guarda rancor
  • Não se angustia por ontem e amanhã
  • Não se entrega à negatividade
  • Não é egoísta com a própria felicidade

Muitas percepções equivocadas cercam o que pensamos que nos fará felizes. Acreditamos que atingir marcos como encontrar o parceiro perfeito ou alcançar um determinado salário nos trará felicidade. Contudo, os seres humanos se adaptam a novas circunstâncias, voltando a um nível básico de felicidade.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, indicam que o ponto ideal de renda anual para bem-estar está entre US$ 60.000 e US$ 95.000. Ganhos acima de US$ 95.000 não garantem maior felicidade; uma pessoa ganhando US$ 150.000 por ano não será necessariamente mais feliz que alguém com um salário menor.

Pensamentos como “Serei feliz quando for rico e bem-sucedido” são mitos. A felicidade é encontrada na jornada, não apenas nos destinos específicos.

A psicologia positiva explora o florescimento humano, buscando entender como experienciamos emoções positivas, construímos relacionamentos autênticos, atingimos objetivos e criamos uma vida significativa. Impulsionada por Martin Seligman, da Universidade Americana da Pensilvânia, essa abordagem busca uma mudança fundamental na psicologia, afastando-se do foco na doença para promover o crescimento, significado e realização.

Cada pessoa tem experiências e felicidades únicas. No entanto, ao examinar a trajetória média da felicidade, alguns padrões surgem. A felicidade tende a ser alta no início da vida, diminui na adolescência até a meia-idade e aumenta na vida adulta.

O que traz felicidade aos 20 anos pode não ser o mesmo aos 80. É essencial continuar avaliando o que nos faz felizes em diferentes momentos da vida, buscando a realização contínua.

Saúde e felicidade estão entrelaçadas. Cuidar da saúde é um componente essencial do bem-estar. Embora pessoas com doenças possam ser felizes, melhorar a dieta, exercícios, sono e outros aspectos pode contribuir para uma satisfação maior.

Os pesquisadores identificaram várias conexões entre saúde e felicidade, incluindo uma esperança de vida mais longa. Cuidar da saúde não apenas melhora a qualidade de vida, mas também fortalece a base para uma jornada mais feliz.

Rolar para cima